Unidade de Habitação – Habitação Colectiva
A área de intervenção localiza-se no Porto, entre fachadas traseiras existentes, tornando-se necessário abrir novos acessos ao interior do quarteirão e estabelecer novas fachadas.
A proposta teve como princípios manter os sobreiros preexistentes e os edifícios existentes, privatizando o espaço entre os edifícios da envolvente e os edifícios propostos.
O projeto caracteriza-se por ser uma unidade de habitação, sendo que o acesso às habitações propõe-se que sejam feitos através de uma galeria.
Conceito. O acesso em galeria não é um mero corredor. O edifício é composto por duas galerias, uma no piso térreo e outra no segundo piso, sendo os apartamentos duplex.
Assim, a galeria é composta, no piso térreo pelo acesso às tipologias e pelo espaço privado exterior com luz natural. A luz natural que entra no espaço privado do piso térreo cria um ritmo e uma dinâmica diferente ao longo do dia na galeria.
O edifício é composto por apartamentos duplex. No piso inferior situa-se a cozinha e a sala, e no piso superior os quartos, lavandaria e espaço de trabalho.
O piso térreo é diferente dos outros pisos e estão ligados ao espaço exterior colectivo. Neste piso, os apartamentos têm um espaço privado com luz natural, que permite afastar a galeria do espaço de habitar.
A dinâmica do alçado oeste, quer as varandas salientes, quer as varandas interiores, permitem que o espaço exterior se prolongue para o interior da casa e vice-versa.
O material escolhido para as fachadas é reboco, pintado a cinzento e a branco em espaços que precisem de ser iluminados, e um embasamento em cimento com fibra de vidro, que permite ancorar todo o piso térreo com unidade e continuidade.
A madeira de bétula em todo o pavimento, a mármore nas paredes da cozinha, o branco nas paredes e os painéis de madeira na caixa de escadas, criam diferentes atmosferas em todos os espaços da habitação.
Projeto da assinatura da Arquiteta Vânia Silva